"Oito meses depois da tragédia que varreu o sudoeste asiático, as análises por ADN começam a mostrar ajudas significativas na identificação dos mortos e espera-se que, nos próximos tempos, o papel da genética seja ainda mais importante, até porque é agora a única esperança de identificação para os milhares de corpos sem nomes, sobretudo de crianças."
Segundo especialistas "é um facto que o ADN está a ganhar importância crescente nas grandes tragédias - como o tsunami, onde terão morrido 250 mil pessoas, no ataque às torres gémeas em Nova Iorque e agora na catástrofe vivida em Nova Orleães."
No entanto, existem alguns problemas: "o clima pôs em causa os esforços de conservação dos corpos. Cadáveres que, em muitos casos, tinham passado quatro a cinco dias em águas mornas e muito salgadas. Devido à decomposição dos tecidos, foi difícil retirar amostras que tivessem qualidade suficiente para a análise genética. Outro problema os corpos à espera de serem analisados foram empilhados, o que, levantou problemas de contaminação por células e fluídos entre eles. Nalguns casos, nem sequer foi possível encontrar amostras de ADN das vítimas antes da sua morte. Quando foram conhecidos os nomes dos turistas europeus desaparecidos, a polícia científica dos países de origem examinaram as casas - para encontrar roupa usada ou escovas de dentes - em busca de material genético e alguns registos biológicos obtidos para fins médicos foram também utilizados."
"O tsunami foi assim uma lição para os especialistas forenses que esperam ver nascer no seio das sociedades científicas internacionais novos protocolos de actuação. (...) é preciso optimizar os métodos actuais de análise genética, para aplicação a amostras degradadas, aquelas que, numa situação de tragédia, são mais prováveis."
Genética nas torres gémeas
"O trabalho de identificação das vítimas foi essencialmente feito com recurso ao ADN. Apenas em cerca de um terço dos desaparecidos os métodos tradicionais tiveram sucesso. A análise genética acabou por identificar mais de 1100 pessoas."
"O trabalho de identificação das vítimas foi essencialmente feito com recurso ao ADN. Apenas em cerca de um terço dos desaparecidos os métodos tradicionais tiveram sucesso. A análise genética acabou por identificar mais de 1100 pessoas."
1 comentário:
Nestas situações apenas recorrendo ao ADn se consegue identificar as vítimas. Sem estes métodos seria impossível determinar a identidade das vítimas.
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