Os biólogos europeus criaram um instrumento (EDIT - uma rede informatizada de intercâmbio científico) para poder inventariar a biodiversidade mundial (descrição de animais e vegetais) .
A apresentação desta "instituição virtual" aconteceu num encontro celebrado recentemente no Museu Nacional de História Natural, em Paris, onde estiveram presentes representantes de 23 instituições europeias e quatro não-europeias, especializadas em taxonomia, ou seja, na identificação das diferentes espécies animais e vegetais.
Face aos riscos que pairam actualmente sobre a biodiversidade, a importância desta disciplina não pára de aumentar. Por mais paradoxal que possa parecer, neste início do terceiro milénio, ninguém sabe o número exacto das espécies vivas. Até agora, foram descritos cerca de 1,8 milhão de animais e vegetais, o que representa quase a totalidade dos 100 mil vertebrados e 300 mil das 350 mil plantas que possam existir, mas só 100 mil do milhão e meio de fungos e 900 mil dos 8 milhões de espécies de insectos possíveis.
"Ao ritmo actual de descrições de animais, que ronda os 11 mil por ano - quando o número de espécies desconhecidas se estima ser de 10 a 40 milhões - seria necessário um milénio só para fazer o inventario do reino animal", explicou Simon Tillier, coordenador da rede Edit. "De qualquer forma, nunca acabaremos", resignou-se, "e não é necessário, para compreender o mundo vivo não somos obrigados a conhecer todos os animais. De um ponto de vista fundamental, devemos definir os conceitos".
Este trabalho avança menos ainda à medida que não interessa muito aos jovens cientistas, para quem esta disciplina "é só observação e não uma ciência", lamentou Tillier. "Na Europa, os amadores descrevem mais, proporcionalmente, que os profissionais! Mais da metade das espécies (insectos essencialmente) é descrita por pessoas que não recebem vencimento para isso", revelou o professor Philippe Bouchet, especialista da biodiversidade marinha do Museu.
Em virtude desta crise, os cientistas decidiram agir e unir suas forças a nível mundial, dotando-se de instrumentos modernos. A rede Edit, consórcio virtual de instituições apoiado pela Comissão Europeia, recebeu 11,9 milhões de euros de ajuda para cinco anos, o que deve permitir aos pesquisadores trabalhar realmente juntos e aos usuários procurar mais facilmente as informações sobre a vida terrestre e marinha, a favor de uma gestão duradoura de recursos biológicos. (in Dia-a-dia)
A apresentação desta "instituição virtual" aconteceu num encontro celebrado recentemente no Museu Nacional de História Natural, em Paris, onde estiveram presentes representantes de 23 instituições europeias e quatro não-europeias, especializadas em taxonomia, ou seja, na identificação das diferentes espécies animais e vegetais.
Face aos riscos que pairam actualmente sobre a biodiversidade, a importância desta disciplina não pára de aumentar. Por mais paradoxal que possa parecer, neste início do terceiro milénio, ninguém sabe o número exacto das espécies vivas. Até agora, foram descritos cerca de 1,8 milhão de animais e vegetais, o que representa quase a totalidade dos 100 mil vertebrados e 300 mil das 350 mil plantas que possam existir, mas só 100 mil do milhão e meio de fungos e 900 mil dos 8 milhões de espécies de insectos possíveis.
"Ao ritmo actual de descrições de animais, que ronda os 11 mil por ano - quando o número de espécies desconhecidas se estima ser de 10 a 40 milhões - seria necessário um milénio só para fazer o inventario do reino animal", explicou Simon Tillier, coordenador da rede Edit. "De qualquer forma, nunca acabaremos", resignou-se, "e não é necessário, para compreender o mundo vivo não somos obrigados a conhecer todos os animais. De um ponto de vista fundamental, devemos definir os conceitos".
Este trabalho avança menos ainda à medida que não interessa muito aos jovens cientistas, para quem esta disciplina "é só observação e não uma ciência", lamentou Tillier. "Na Europa, os amadores descrevem mais, proporcionalmente, que os profissionais! Mais da metade das espécies (insectos essencialmente) é descrita por pessoas que não recebem vencimento para isso", revelou o professor Philippe Bouchet, especialista da biodiversidade marinha do Museu.
Em virtude desta crise, os cientistas decidiram agir e unir suas forças a nível mundial, dotando-se de instrumentos modernos. A rede Edit, consórcio virtual de instituições apoiado pela Comissão Europeia, recebeu 11,9 milhões de euros de ajuda para cinco anos, o que deve permitir aos pesquisadores trabalhar realmente juntos e aos usuários procurar mais facilmente as informações sobre a vida terrestre e marinha, a favor de uma gestão duradoura de recursos biológicos. (in Dia-a-dia)
1 comentário:
estava mais giro antes...
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