domingo, 27 de agosto de 2006

A natureza da prova científica...

Como pode uma hipótese ser considerada verdadeira?
Esta pergunta sempre constituiu um problema para os cientistas. No geral, nenhuma hipótese científica pode vir a ser provada como sendo absolutamente verdadeira. Por exemplo, consideremos a hipótese "Todos os peixes têm brânquias.". É fácil de deduzir que esta hipótese poderia ser falsificada, desde que se encontre um peixe sem brânquias. Apesar de tudo, todos os peixes examinados, até hoje, possuem brânquias, o que não prova que todos os peixes têm brânquias. A realidade, é que algures poderá existir um peixe sem brânquias.
Assim, em ciência, não existem verdades absolutas. Felizmente, a maioria dos cientistas aprenderam a aceitar e a lidar com esta falta de verdades absolutas inerente à ciência. Todas as hipóteses científicas são examinadas e testadas, averiguando-se se estão em concordância com observações da natureza. Quando uma hipótese sobrevive a todos estes testes, é provisoriamente, considerada "verdadeira", no sentido de que é consistente com a informação que se detém sobre o assunto. Os cientistas falam de aceitar hipóteses, não de as provar. Os cientistas aceitam a hipótese de que "Todos os peixes têm brânquias.", porque todas as tentativas efectuadas para a rejeitar, falharam. Pelo menos, presentemente, a hipótese é válida.
Um bom cientista nunca desiste e esquece que qualquer hipótese pode, de repente, ser deitada pela janela fora por novas informações ou dados. Nenhuma hipótese, em ciência, está isenta de ser testada e nenhuma é imune a ser descartada desde que seja antagónica a novas evidências.


(encontrado em Netprof)

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