Geologia leva jovens licenciados portugueses a emigrar para a Mongólia
A falta de ofertas de emprego em Portugal levou 4 quatro jovens geólogos nacionais a emigrar para a Mongólia, onde trabalham para uma empresa de exploração de carvão no deserto de Gobi, precisamente "no meio de nada". Um dos membros do grupo, disse que tudo começou há pouco mais de um ano, quando, concluída a licenciatura, procurava em vão um trabalho de geologia em Portugal. Sem encontrar oportunidades de emprego soube então, através de ex-colegas do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, da oferta de trabalho na Mongólia.
"Decidi concorrer e fui aceite, mesmo sem experiência em exploração geológica", afirmou. O trabalho envolve uma equipa de 70 pessoas - entre geólogos, geofísicos, perfuradores e pessoal de apoio -, que trabalham e vivem no deserto, um campo composto unicamente por "gers", as habitações tradicionais mongóis, durante períodos de seis semanas intervalados por duas semanas de férias, geralmente gozadas em casa, em Portugal, referiu. "O trabalho é duro, uma vez que envolve turnos de entre 12 e 14 horas, sem dias de descanso". Além disso, "a língua é das mais difíceis que conheço e o tempo é de extremos, com calor no Verão e temperaturas até 30 graus negativos no Inverno".
Porém, tendo em conta o local, as condições de trabalho são boas: "Temos Internet, computadores, um 'ger' para ver televisão e DVDs, e as casas de banho, também em 'gers' são bastante aceitáveis". O trabalho resume-se a um projecto de exploração de carvão e vai desde o reconhecimento à cartografia, passando pela perfuração, até à modelação de recursos e aos estudos geotécnicos que precederão a abertura de uma mina. (daqui)
Por este andar não sei se não temos de fazer o mesmo...
BOA SEMANA!