Ventos de mudança
A presença das novas tecnologias nas escolas portuguesas é uma realidade inquestionável. Um computador por cada 13 alunos do ensino básico e secundário, e acesso generalizado à Internet por banda larga, garante o ME. O problema, concordam professores e pedagogos, está na utilização que lhes é dada: pelos alunos, que muitas vezes se limitam a copiar conteúdos de forma acrítica, mas também pelos professores, uma classe envelhecida e ainda com muitas resistências à inovação tecnológica.
(…) O problema dos alunos está no uso da Internet. Os chats, o messenger e os jogos são os ambientes em que mais se sentem à vontade. Mas perante a elaboração de uma pesquisa para um trabalho curricular "não têm critério para seleccionar"; "têm acesso a toda a informação, mas não a sabem digerir"; "não são críticos em relação às matérias que encontram", para além de não terem "qualquer noção sobre a propriedade intelectual da informação." Com frequência, "estas más buscas resultam em trabalhos muito extensos, copiados e repetidos". A questão está em saber como se combatem os maus hábitos. “Acompanhar o processo de investigação na Internet é fundamental, dando indicações bibliográficas e de sites a consultar". Quando desconfia de um copy-paste, devolve os trabalhos.(…) O problema, "se calhar, não é da Internet, mas da forma como se ensina a elaborar os trabalhos": "não se deve dizer 'não usem', mas sim, 'usem devidamente'".
Apesar dos números da tutela, a falta de equipamento informático nas escolas continua a fazer parte das queixas dos professores. "Não temos um computador em cada sala" e por isso "ficamos limitados, porque a falta de recursos inibe a utilização dos meios". E o "desfasamento entre os conhecimentos dos alunos e dos professores também não ajuda".(…) O projecto Trás-os-Montes Digital-SCETAD, patrocinado pelo MCT, está em marcha desde 2000 e pretende promover a familiarização da comunidade escolar do 1.º ciclo com as novas tecnologias. Precisamente o nível de ensino com uma classe profissional mais envelhecida. Através deste projecto, foram distribuídos equipamentos, software e formação. Seis anos depois, "vencida a parte tecnológica, resta o mais difícil, que é aprender a usá-la como ferramenta educativa".(...)
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E o combate à info-exclusão dos docentes continua
3 comentários:
Isso das novas tecnologias é muito bonito na teoria e tal, ams como implementar isso numa sala com 28 alunos?? Não é fácil dar uma aula normal... imagina a excitação das novas tecnologias misturado com a coisa??!!
Pois, com 28 alunos é difícil e se forem do 3.º ciclo ainda mais complicado se torna. De qq modo eu gosto de as usar e fazer usar! Tenho optado pelas aulas de turnos qd a turma está dividida... correu sempre bem (mas eram de secundário lol) e eles gostam muito! Claro que tal não é possível em todas as escolas por falta de meios e há que ter em conta que nem todos os alunos têm acesso em casa por exemplo. Mas dentro do possível vai-se tentando e experimentando, não é?!
Eu sou uma adepta das novas tecnologias!
Neste ultimo ano, com os meus alunos de nono ano, tive boas experiencias. Fiz alguns powerpoints, os alunos gostaram muito e rentabilizei melhor as aulas.
Tambem propus q eles fizessem apresentacoes de trabalhos, e tive algumas surpresas agradaveis!
Por isso, no q me diz respeito, vou continuar a insistir!
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